Hoje em dia fazemos tudo usando o celular, esses aparelhos se desenvolveram ao ponto de serem quase microcomputadores ao alcance dos dedos em qualquer lugar e a qualquer hora. Por isso não é um exagero dizer que nos tornamos dependentes dos smartphones, seja apenas para estarmos ligados nas notícias durante o dia, para estarmos conectados através de redes sociais, pedir comida, utilizar o banco e aplicativos de comunicação, e até, mesmo, para trabalhar.
Mas esse uso em excesso dos aparelhos celulares acabam comprometendo a qualidade do sono, podendo até ser um gatilho para o desenvolvimento de distúrbios de sono, como, por exemplo, a insônia.
Mas não se sinta sozinho diante da dependência do celular, essa é uma questão social, pois estudos apontam que até 60% das pessoas são dependentes dos smartphones; isso ocorre principalmente entre adolescentes e jovens adultos.
Impactos no sono e na saúde
Mas quais os impactos do uso excessivo do celular no sono e na saúde? Estudos apontam que utilizar o celular com frequência na cama pode fazer com que demoremos mais para conseguir dormir, dormir menos, ter um sono de pouca qualidade e que não descansa o corpo, sentir fadiga, dificuldades de concentração, cansaço, entre outros sintomas mesmo durante o dia.
E porque o celular causa tudo isso? Existem duas características nos celulares que explicam esses impactos no nosso sono e saúde: a interatividade e a luminosidade.
Para termos um sono de qualidade, o nosso corpo e cérebro precisam de um tempo para se desligar, antes de adormecermos. Para que isso ocorra o nosso cérebro e corpo não podem ter estímulos, ou então o sono vai embora. E qualquer coisa que seja muito interativa, como o celular, não deve ser realizada perto do horário de dormir; ou então nosso cérebro não conseguirá se desligar e dormir.
Já a luminosidade nos atrapalha porque o nosso cérebro compreende a luz do sol como um estímulo para que fiquemos acordado, e entende o escuro como um estímulo para dormir. Mas a luz dos celulares confunde o nosso cérebro, e ele a interpreta assim como a luz solar; ou seja, ao usar o celular deitados na cama nosso sistema entende que ainda é dia e não consegue apagar. Além de tudo isso, essa exposição à luz da tela do celular diminui a melatonina, um hormônio que ajuda diretamente em um sono de qualidade.
Estudos antigos já apontavam que o uso da televisão muito próximo da hora de dormir já tinha esse impacto, mas agora com uma tela a cerca de 10 centímetros de seus olhos piora muito tudo isso.
O celular pode ser um gatilho para a insônia
Agora imagine tudo isso se você já possui insônia: esse impacto pode ser ainda pior.
Se toda noite você mexe no celular antes de dormir, toda noite seu cérebro demora para desligar, você demora para dormir, dorme pouco, e seu sono é ineficiente para fazer com que seu corpo descanse.
Além disso, a cama, que deveria ser um lugar de descanso, começa a se tornar para seu corpo um lugar de estresse, e até de trabalho. A luminosidade vai diminuindo cada vez mais com a liberação de melatonina. Nesse ciclo vicioso a insônia se instala de uma vez por todas.
Como evitar o impacto do celular no sono e na saúde
É claro, que na sociedade em que vivemos, a correria que nos exige, não há como deixarmos de sermos dependentes dos celulares. Porém há alguns hábitos que podemos passar a ter para evitar que o celular atrapalhe o nosso sono:
Pelo menos 1 hora antes de dormir não faça uso do celular
Ao deitar na cama não utilize o celular. Caso precise usar o celular tente sempre fazer isso em outro cômodo, ou se quiser assistir algo antes de dormir faça sem estar deitado na cama
Deixe o celular no "Não perturbe" durante a noite, e preferencialmente longe da cama ou do quarto
Ao acordar no meio da noite tente não utilizar o celular
Durante a noite diminua a luz de tela do seu celular
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